Leio aqui e ali que uma banda punk ucraniana fez uma versão de “London Calling” do The Clash com o intuito de denunciar o conflito com a Russia.
Ontem, o Brian Meir divulgou na sua pagina aqui nessa rede, uma foto retirada do Instragram da tal banda, em que dois dos membros exibiam uma camiseta do Stephan Banderas, lider protonazi ucraniano, que capitaneou movimentos ultranacionalistas na década de 20 e que é um dos ídolos do conglomerados nazi da Ucrania atual, fenômeno que a esquerda ucraner, ao arrepio de todas as evidências históricas e factuais, insiste em dizer que não existe.
O The Clash de Joe Strummer não toleraria isso. Neonazis usando sua composição seja para o que for. Não tem nada a ver com Clash, com punk ou com qualquer expressão de perspectiva crítica. O punk rock foi uma das principais referencias estéticas e artisticas para mim. Para além do simples “do it yourself”, sempre houve no punk (ao menos em uma ala) o desejo de mudança da perspectiva da classe trabalhadora e dos grupos marginalizados.
Como disse acima, Joe Strummer, um sujeito com nítidas posições políticas à esquerda não apoiaria tal banda e a propaganda que fazem com sua música. Essas distorçoes não são mero detalhe, a guerra cultural é insidiosa e há incautos prontos para reproduzir o que se quer ouvir.
Nazi punks fuck off.