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Arquivo mensal: julho 2022

Então, o encanto da música chegou em mim, nos verdes anos, com o rock. Era Beatles e depois o peso e a ousadia de muitas bandas, sons e descobertas existenciais. Em paralelo, o samba que aprendi ouvindo o que o meu irmão ouvia e tocava.

Com o tempo e os aprendizados da vida, a música foi se somando aos amores e às dores de cotovelo dos desamores. E pra combinar com o rock que nasceu negro, foram três caras da pesada que fizeram pedaços relevantes da trilha sonora da minha vida:

“Eu fico com essa dor
Ou essa dor tem que morrer
A dor que nos ensina
E a vontade de não ter
Sofrer de mais que fruto
Nós precisamos aprender
Eu grito e me solto
Eu preciso aprender”
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“(Meu bem,) Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia”
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“Não fico parado, não fico calado, não fico quieto
Corro, choro, converso
E tudo mais jogo num verso
Intitulado
Mal secreto”

É Melodia, é Macalé, é Itamar. Mas pode ser de trás pra frente, de frente pra trás. Sem ponto de partida ou de chegada.

Valeu, tá valendo.

Quando nasci, 01 de julho de 1966, duas canções faziam muito sucesso na rádio: “Nossa Canção” de Roberto Carlos e “Paperback Writer” dos Beatles.

Fico imaginando que no momento em que a Dona Conceição me alçava às dores e amores da vida, algum rádinho por perto tocava uma delas na madrugada fria de São Bernardo do Campo.

Hoje, 56 anos depois, fico feliz em seguir encantado pelas canções desse mundo.